Vozes do Tri: a história da conquista da Seleção Brasileira na Copa de 1970

  • Por Thiago Uberreich/Jovem Pan
  • 26/10/2016 14h31
México, Cidade do México. 21/06/1970. O capitão da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Torres, levanta a Taça Jules Rimet, enquanto é observado pelo companheiro Piazza (atrás), após o time derrotar a Itália por 4 a 1 no estádio Azteca, na Cidade do México, durante o Campeonato Mundial de Futebol de 1970. Negativo722330 - Crédito:EQUIPE AE/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Codigo imagem:53541 Estadão Conteúdo Carlos Alberto Torres - Taça

A Seleção de 70 faz parte da minha memória afetiva. Mas como isso é possível se eu nasci seis anos depois da histórica conquista de 21 de junho? Bem, quem me conhece sabe do meu fanatismo (hoje bem menor) pela história dos mundiais. Na minha adolescência, a Copa de 70 virou uma obsessão. Levei quase quatro anos para conseguir os vídeos na íntegra das seis partidas que o Brasil disputou no México (não existia YouTube). Depois levei mais outros bons anos para completar a coleção dos 32 jogos daquela Copa – todos na íntegra, sem contar as revistas, livros, documentários e narrações de rádio. Por que tudo isso? Talvez não saiba responder. Enfim.

Em 2011, fiz uma série para a Jovem Pan chamada “Vozes do Tri”. A história da Copa de 70 contada pelos narradores esportivos do rádio e da TV. Aquele foi o primeiro mundial transmitido ao vivo, via satélite. Mas é bom lembrar o seguinte: o Brasil tinha 90 milhões de pessoas e eram quatro milhões de aparelhos de televisão. Ou seja, a maioria da população ainda acompanhou a Copa pelo rádio. O mundial de 70, no México, consagrou uma das maiores Seleções de todos os tempos. A Jovem Pan resgata os seis capítulos da série. Uma homenagem ao “Capita”, Carlos Alberto Torres, que morreu recentemente, e todo aquele time inesquecível. A escalação daquela equipe deveria ser ensinada nas escolas: Félix, Carlos Alberto, Brito, Piazza e Everaldo. Clodoaldo e Gérson, Jairzinho, Tostão, Pelé e Rivelino.

Sonoplastia de Reginaldo Lopes. Ao final de cada capítulo, Roberto Müller interpreta um texto de Nelson Rodrigues. Deixo aqui minha reverência a Joseval Peixoto que deu voz e emoção a gols inesquecíveis da Seleção do tri.

Vozes do Tri – Capítulo 1

Brasil 4 x 1 Tchecoslováquia – 3 de junho de 1970

Petrás abriu o placar para a Tchecoslováquia e comemorou fazendo o sinal da cruz, em um ato político contra o seu governo, mas Rivelino, Pelé e Jairzinho, duas vezes, garantiram a vitória brasileira. Apesar da goleada, o lance mais marcante da partida foi um gol perdido. Pelé arriscou de antes do meio campo um chute, a bola encobriu o goleiro e acabou raspando o travessão, naquele que seria um dos tentos mais surpreendentes da história das Copas.

Vozes do Tri – Capítulo 2

Brasil 1 x 0 Inglaterra – 7 de junho de 1970

No dia 7 de junho, a partida era contra os atuais campeões do mundo. A Inglaterra tinha um grande time, mas o Brasil tinha Tostão, que fez ótima jogada e cruzou para Pelé, que apenas rolou para Jairzinho marcar o gol da vitória brasileira. Neste jogo ocorreu também uma das maiores defesas da hsitória. Pelé acertou uma cabeçada perfeita, com a bola pingando no chão, mas Gordon Banks deu um tapa espetacular que evitou o gol.

Vozes do Tri – Capítulo 3

Brasil 3 x 2 Romênia – 10 de junho de 1970

Brasil e Romênia jogaram no dia 10 de junho. Na última partida da fase de grupos, Pelé marcou duas vezes, enquanto Jairzinho fechou o placar para o Brasil. Dumitrache e Dembrowski fizeram os gols romenos.

Vozes do Tri – Capítulo 4

Brasil 4 x 2 Peru – 4 de junho de 1970

Didi estava no gramado no dia 14 de junho, mas desta vez na equipe rival. Técnico da seleção peruana, o astro das Copas de 58 e 62 até tentou fazer frente à Seleção Brasileira, mas no final Rivelino, Tostão, duas vezes, e Jairzinho garatiram a vitória da Seleção, enquanto Gallardo e Cubillas fizeram para os peruanos.

Vozes do Tri – Capítulo 5
Brasil 3 x 1 Uruguai – 17 de junho de 1970

Todos sabiam que o jogo seria tenso. Era a primeira partida do Brasil contra o Uruguai em uma Copa desde 1950. Em um primeiro tempo muito duro, Cubilla abriu o placar, mas o jovem Clodoaldo empatou a partida. No segundo tempo, Jairzinho e Rivelino colocaram o Brasil na final. Neste jogo, Pelé perdeu um dos gols mais feito de sua carreira. Depois de driblar o goleiro Mazurkievski, o camisa 10 tinha o gol livre, mas chutou para fora.

Vozes do Tri – Capítulo 6

Brasil 4 x1 Itália – 21 de junho de 1970

A melhor equipe da história. Se alguém teve dúvida disso, o dia 21 de junho acabou com qualquer questinamento. Boninsegna abriu o placar para a Itália, mas Pelé, Gérson e Jairzinho destruíram os sonhos italianos. No fim do jogo, Clodoaldo começou a jogada que passou nos pés de praticamente todos os craques brasileiros até Pelé rolar para Carlos Alberto Torres marcar o quarto gol, em uma das mais belas jogadas da história das Copas do Mundo.

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